Os relatórios Kinsey foram dois estudos conduzidos pelo biólogo e sexólogo americano Alfred Kinsey, 1894-1956, e outros pesquisadores, que, baseando-se em 11 mil entrevistas, exploraram a sexualidade humana, modificando significativamente as visões estabelecidas da sociedade sobre o assunto. Primeiro foi lançado Sexual Behavior in the Human Male, em 1948, e, cinco anos depois, Sexual Behavior in the Female, 1953. As descobertas de Kinsey colocaram a sexualidade humana em pauta como objeto de estudo legítimo. O objetivo de Kinsey era separar a pesquisa sobre sexo do julgamento moral, numa época em que a sexualidade tratava dos perigos da masturbação, da perversão de qualquer atividade sexual fora das normas previstas e das doenças sexualmente transmissíveis como punições para transgressões sexuais. A recusa da sociedade da época em discutir questões de caráter sexual era tão veemente que grande parte das descobertas de Kinsey pareceu estarrecedora. Algumas descobertas foram de que as mulheres também tinham sexualidade, a masturbação e a relação sexual antes do casamento eram práticas comuns e mais de um terço dos homens entrevistados teve experiências homossexuais em algum momento da vida. Os relatórios Kinsey foram revolucionários especialmente no que se refere à sexualidade feminina e à homossexualidade, uma vez que a discussão do assunto, de modo geral, ainda era considerada tabu. A abertura da sociedade ocidental a questões referentes a hábitos sexuais, sexualidade feminina, masturbação e homossexualidade, além da capacidade de distanciar as pesquisas sobre sexualidade do viés moral judaico-cristão tradicional, deteve-se, em grande parte, à aceitação mundial do trabalho de Kinsey.
Liam Neeson as Kinsey Trailer 2004
1001 ideias que mudaram nossa maneira de pensar p.725.
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