Androgynous
A cirurgia de redesignação sexual CRS, não é um conceito novo. Operações foram realizadas na Grécia antiga e permitidas em Roma. Também conhecida como cirurgia para mudança de sexo, a CRS refere-se a um procedimento cirúrgico em que a anatomia de um transexual é alterada, com intervenção nos órgãos genitais, para que a pessoa seja externamente o que ela é internamente. A primeira pessoa a realizar uma CRS de homem para mulher no século XX foi a alemã Lili Elbe, que provavelmente nasceu intersexual, com sistema reprodutor indefinido, nem masculino, nem feminino. No ano de 1930, em Dresden, Elbe fez uma operação para remoção dos testículos com o ginecologista alemão Dr. Kurt Warnekros. Nos dois anos seguintes, Elbe submeteu-se a mais quatro cirurgias, incluindo a remoção do pênis e o transplante de ovários e útero, mais faleceu em setembro de 1931, de complicações decorrentes do quinto procedimento cirúrgico. A CRS conforme a conhecemos hoje só começou a ser realizada com a introdução de novas drogas hormonais e o advento de novos procedimentos, entre eles a cirurgia de inversão do pênis, inaugurada pelo cirurgião plástico francês Georges Burou, na década de 1950. Os cirurgiões também começaram a construir vaginas utilizando pele retirada das nádegas do paciente. Em 1952, Cristiane Jorgensen tornou-se a primeira mulher transexual nacionalmente conhecida nos Estados Unidos, depois que o New York Dally News publicou uma matéria de capa com sua história. A manchete: Ex-Gl, soldado d Exército americano torna-se beleza loura. Na década de 1960, encontrar cirurgiões capazes de realizar uma cirurgia tão complexa e revolucionária não era fácil, fazendo com que muitos transexuais recorressem a medidas drásticas. Alguns, como Aleshia Brevard, cortaram os próprios testículos. No meio da operação, fui abandonada numa mesa da cozinha, contou Brevard mais tarde, enrolada em lenções com cheiro de desinfetante. Sentei e terminei minha castração sozinha.
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Una joven hermafrodita enfrenta las dificultades de su sexualidad e de la adolesencia
Minha segunda mãe conta que ficava com muita pena por meu pai tratar Luís Antônio de forma tão diferente, talvez pela sexualidade dele, talvez por ele ser fruto do pecado. Mesmo com tudo isso, Luís Antônio era lindo, risonho e sempre feliz. Ela lembra que, num dia, numa briga com o pai, Bolota chorou muito, porque o pai não o queria na casa nova e ele foi empurrado para morar com meus avós, os ingleses. Enfim, ele não foi para a casa nova, o pai não o queria. Sua presença fazia mal para ele. Bolota fazia programas no cais do porto, nas rodovias. Ainda adolescente, foi preso algumas vezes. Bateram muito nele. Minha irmã era obrigada a levantar de madrugada e ir buscar ele na delegacia, porque ele ainda era criança. Antigamente, as pessoas achavam que se corrigia a homossexualidade ou a transexualidade com surra! Era um defeito, era uma opinião ou alguma coisa assim, que tinha que ser mudado. Era sem-vergonhice. Então, Tônio apanhava muito, muito, muito, para ser corrigido. E isso foi só agravando todo o estado dele.
1001 ideias que mudaram nossa forma de pensar p 683.
Luis Antônio Gabriela Nelson Baskerville p. 116.
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