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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Awareness and perception


Todos os animais mais altamente desenvolvidos têm uma considerável porção de consciência. Eles conhecem o ambiente no qual vivem, e seu lugar dentro do grupo familiar, rebanho ou bando. Podem cooperar para a defesa da família ou do rebanho, e mesmo ajudar um membro de sua tribo, o que significa que talvez saibam o que é bom para o seu vizinho. O Homem é dotado não somente com uma consciência mais altamente desenvolvida, mas também com uma capacidade específica de abstração, que lhe permite saber o que está acontecendo dentro dele, quando usa este poder. Assim, ele pode saber ou não alguma coisa. Ele pode dizer se entende ou não alguma coisa que sabe. É capaz ainda de formas mais altas de abstração, que o levam a estimar seu poder de abstração e sua capacidade de usá-la. Ele pode dizer se está usando seus plenos poderes de consciência para saber e saber, se sabe ou não alguma coisa. Há uma diferença essencial entre consciência e percepção, embora os limites verbais não sejam muito claros. Eu posso subir a escada de minha casa plenamente consciente do que estou fazendo, e não saber quantos degraus subi. Para saber quantos são, devo subir uma segunda vez, prestar atenção, ouvir a mim mesmo e contá-los. Percepção é a consciência junto com a noção do que está acontecendo na situação ou dentro de nós mesmos, quando estamos conscientes. 


Feldenkrais Babies 

Animais sem consciência perambulam por aqui e ali sem qualquer significado futuro. Quando a consciência apareceu no Homem, na escala evolutiva um movimento simples de mudança de direção, tornou-se uma volta para a esquerda, e em outra direção, uma volta para a direita. É difícil para nós, apreciar o significado do fato, parece-nos uma coisa simples, justamente como o poder de ver parece simples para nossos olhos. Mas um momento de reflexão poderá mostrar-nos que, de fato, o pode de diferenciar  entre direita e esquerda não é menos complicado do que a visão. Quando o Homem diferencia entre direita e esquerda, ele divide o espaço com relação a si mesmo, tornando-se o centro, a partir do qual o espaço se estende. Esse senso de uma divisão do espaço, que ainda não é claro para a nossa consciência é frequentemente expresso como pela mão direita e pela mão esquerda. Isto prevê uma abstração adicional nos conceitos de direita e esquerda, que pode assim e agora ser expresso em palavras. Em tempo, os símbolos tornam-se crescentemente abstratos e se torna possível construir sentenças como esta. Para conseguir um minúsculo passo à frente na consciência, tal como o entendimento de direita e esquerda, o Homem deve, ao mesmo tempo, prestar atenção ao que vai dentro dele e ao mundo de fora. Este deslocamento da atenção para dentro e para fora, cria abstrações e palavras que descrevem o deslocamento da posição do seu mundo pessoal relativamente ao mundo exterior. O desenvolvimento desta consciência está claramente ligado a dores de crescimento e os primeiros vislumbres de consciência devem ter desnorteado muitas vezes a nossos ancestrais. 

Tibet

Nas escolas esotéricas de pensamento, conta-se uma parábola Tibetana. De acordo com a estória, o homem sem consciência é como uma carruagem, cujos passageiros são os desejos, os músculos são os cavalos, enquanto a própria carruagem é o esqueleto. A consciência é o cocheiro adormecido. Enquanto o cocheiro permanece adormecido, a carruagem arrastar-se-á sem objetivo, daqui para lá. Cada passageiro tem destino diferente e os cavalos puxam para caminhos diferentes. Mas quando o cocheiro está bem acordado e segura as rédeas, os cavalos puxarão a carruagem e levarão cada passageiro a seu próprio destino. Naqueles momentos em que a consciência se organiza bem com os sentimentos, sentidos, movimento e pensamento, a carruagem ganhará velocidade no caminho certo. Então, o Homem pode fazer descobertas, inventar, criar, inovar e saber. Ele compreende que seu pequeno mundo e o grande mundo ao redor são apenas um, e que nesta unidade, ele não está mais sozinho. 

Consciência pelo Movimento Moshe Feldenkrais p. 72. 

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