A morte do autor é uma teoria pós-moderna de crítica literária, formulada pelo teórico literário e filósofo francês Roland Barthes. Segundo Barthes, as intenções e o contexto em que sua obra é criada não precisam ser levados em consideração na interpretação de um texto para que essa interpretação seja válida. Tal posição contrasta fortemente com a ideia de que a arte é um meio de comunicação entre o autor e o leitor, e que o significado ou mensagem que o artista quis transmitir por meio de sua arte é o único aspecto significativo da obra de arte.
Roland Barthes
A crítica da teoria de Barthes, e dos aspectos do pós-modernismo em geral, é que a negação de um sentido da arte é igualmente válida. Por exemplo, uma interpretação comum de Hamlet baseia-se no conceito freudiano de complexo de Édipo. Um crítico ressaltaria que o texto de Shakespeare é muito anterior à teoria de Freud, e que portanto, Shakespeare não poderia ter incluído interncionalmente qualquer ideia freudiana em sua obra. Os pós modernistas argumentariam que, como todo sentido derivado da obra de arte existe somente na percepção do público, esse sentido é um elemento tão subjetivo que qualquer tentativa de classificar percepções em termos de validade ou autenticiade é inútil. Mesmo que fosse possível, fica a pergunta: como diferenciar interpetações autênticas de interpretaçoes não autênticas, resultantes de uma visão pessoal.
O nascimento do leitor só acontece à custa da morte do autor. Roland Bathes
1001 Ideias que mudaram nossa forma de pensar pg. 815
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