Projeto Pedagógico Oficinas de Teatro em Inglês

terça-feira, 27 de novembro de 2018

EDUCATION IN THE WORLD

Hortas Urbanas uma Revolução Gentil e Orgânica ECO Revolucao dos baldinhos compostagem na escola Florianopolis credito Fernando Angeoletto

PANORÂMICA SOCIOLÓGICA

Talvez não esteja mais em  nós educar nossos filhos, isto é, procurar passar a eles o que acreditamos ser nossa experiência de vida, nossa cultura, nossos valores e significados tradicionais. Nosso mundo significa, neste texto, dos maiores de 30 anos, e crianças refere-se àqueles com até 20 anos. Entre esses dois mundos, a distância tornou-se incomensurável, não tem mais medida comum. Estamos chegando bem perto de ser duas espécies diferentes! Quanto menos tentarmos ensinar a eles, melhor. Podeos continuar a amá-los, e isso é fundamental. Mas querer ensinar a eles como é a realidade, o que é certo e o que é errado é temerário. Primeiro porque eles mal e mal nos ouvem, seja no lar, seja na escola. Estão aprendendo a fazer conosco o que até hoje fizemos com eles. Em nenhum Ministério da Educação do mundo existem crianças para dizer o que elas gostariam de aprender. Segundo, porque neste último meio século a humanidade vem atravessndo a maior evolução de toda sua história, passando da velocidade da locomotiva a vapor - 150 km/h, para a do avião - 1.000 km/h, chegando a velocidade das ondas eletromagnéticas - 300 mil km/s, em todas as direções. Outro modo de resumir o que, na verdade, é impossível de resumir seria, neste pequeno objeto sem fio, cada vez menor, que levamos no bolso, ainda chamado de telefone celular, estão reunidas muito mais, deveras mais, funções do que todas as que no passado eram atribuídas ao anjo da guarda. Tanto para nos auxiliar quanto para nos vigiar, denunciar, controlar e localizar. Sem fio algum, sem conexão concreta com nada. Puro espíritos, benfazejos e malfazejos. Levados no bolso! Enfim, porque desde o começo da história dos Impérios, digamos 8000 anos a. C., até o presente, incluindo o colonialismo nem tão antigo e, finalmente, abrindo qualquer jornal de hoje em qualquer página, obtemos um retrato deveras terrível da humanidade. Guerras sem fim, assaltos coletivos subsequêntemente glorificados nas escolas, pelos livros de história, pelo cinema. O do lado de cá é sempre genial e o do lado de lá, sempre um psicopata perigoso. O período Heróico - Grécia vesus Pérsia, heróico é se entrematar, às dezenas ou centenas de milhares, destruir, escravizar, estuprar, roubar, torturar. O grande Alexandre, a Grande Roma, o Grande Gengis Khan, o Grande Napoleão. Por que não o Grande Hitler? O Grande Stalin? As Grandes Forças Armadas norte-americanas? A Grande Indústria bélica do mundo? Grandes adjetivos para justificar, em solenes discursos e gloriosos relatos históricos, os intermináveis atos de barbárie coletiva e seu monstruoso cortejo de horrores, de atrocidades e de sofrimentos para milhões de seres humanos. A história não tem compaixão. Por isso Buda falou a respeito. A história só tem glória. Inclusive tantas guerras em nome de Deus, do Deus de cada povo ou de cada época histórica, sem que nenhum livro ou aula de história faça a menor alusão à monstruosidade ideológica implícita nessas atrocidades. Que Deuses são os nossos, ou como imaginamos que Eles sejam, para matarmos nosso irmãos em Seu nome, não apenas de consciência limpa como, ainda, glorificando o feito hediondo? Terá Jeová nos feito à sua imagem e semelhança ou nós o fizemos à nossa imagem e semelhança? Para completar a lista de nossos tradicionais valores e significados, convém acrescentar atualmente, os melhores negócios do mundo se referem à pesquisa científica ligada à indústria, ao comércio e ao contrabando de armas, o melhor negócio do mundo é matar gente. Depois vêm toxícos, inclusive as toneladas de psicotrópicos vendidos legalmente nas farmácias, sem contar o álcool. A seguir, aparece o petróleo e, por fim, a prostituição.

Russian defense industry is negotiating military technological cooperation with over 20 countries

Em relação ao petróleo, são bem sabidas as guerras, as matanças, implacáveis e intermináveis, que estão acontecendo em torno dele e a profunda influência destas na economia mundial, isto é, no bolso e na vida de cada um de nós. O que sucedeu até hoje com a humanidade, o que nós adultos fizemos, ou não impedimos, ou aceitamos, não é nada animador nem capaz de despertar orgulho ou esperanças em nós, que nos consideramos consciêntes, responsáveis, bem informados, conhecedores da realidade. Normais, em suma! No entanto, praticamente todo o sistema educacional do mundo baseia-se na noção implícita de que nós adultos temos o que ensinar de bom, sábio e digno a nossos filhos. É bom determo-nos um poco sobre esse paradoxo e nos perguntar, a sério - Será que temos mesmo o que ensinar a nossos filhos? 

J. A. Gaiarsa Educação familiar e escolar para o terceiro milênio Editora Agora p. 15. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O juizo final

Muitas semanas se passaram e as ondas agitadas da vida se fecharam sobre o frágil esquife de Eva. As necessidades cotidianas não respei...