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domingo, 7 de outubro de 2018

The formation of a physical

Japanese Tea Garden Golden Gate Park in San Francisco California

Lembro que meus pais levavam-me às vezes para visitar o famoso Jardim do Chá japonês em San Francisco. Uma das minhas lembranças mais felizes da infância é a de ficar agachado junto ao laguiho, mesmerizado pelas carpas de colorido brilhante que nadavam lentamente por sob os nenúfares. Naqueles momentos tranquilos, sentia-me livre para deixar minha imanginação vagar, podia fazer a mim mesmo perguntas bobas que só poderiam ocorrer a uma criança, como, de que modo as carpas naquele laguinho viam o mundo à sua volta? E eu pensava, que mundo estranho deve ser o delas! Vivendo suas vidas inteiras naquele tanque raso, as carpas deviam acreditar que seu universo consistia em àgua turva e nenúfares. Passando a maior parte de seu tempo à procura de alimento no fundo do tanque, elas mal deviam ter noção de que poderia existir um mundo estranho acima da superfície. A natureza do meu mundo estava acima da sua compreensão. Eu ficava intrigado por poder me postar a apenas poucos cintímetros das carpas, e estar contudo separado delas por um imenso abismo. As carpas e eu vivíamos nossas vidas em dois universos distintos, sem  nunca penetrarmos o mundo um do outro, e no entanto separdos apenas pela mais fina das barreiras, a superfície da água. 

Walter Lilies - Nenúfares

Certa vez imaginei que poderia haver carpas cientistas vivendo entre os peixes. Provavelmente, pensei, elas zombariam de qualquer peixe que sugerisse a possível existência de um mundo paralelo logo acima dos nenúfares. Para uma carpa cientista, as únicas coisas reais eram as que o peixe podia ver ou tocar. O tanque era tudo. Um mundo invisível além do tanque não fazia nenhum sentido científico. Uma vez uma tempestade me pegou. Notei que a superfície do tanque foi bombardeada por milhares de minúsculas gotas de chuva. Ela se tornou turbulenta, e ondas passaram a empurrar os nenúfares em todas as direções. Abrigando-me contra o vento e a chuva, pensei como tudo aquilo seria visto pelas carpas. Para elas, os nenúfares pareceriam estar se movendo de um lado para outro por si mesmos, sem que nada os empurra-se. Como a água dentro da qual viviam deveria parecer invisível, tal como o ar e o espaço, à nossa volta, elas deveriam ficar por entender como os nenúfares podiam se mover de um lado para o outro por si mesmos. Seus cientistas, iriam urdir um engenhoso invento chamado força para ocultar sua ignorância. Incapazes de compreender que podia haver ondas na superfície invisível, iriam concluir que os nenúfares eram capazes de se mover sem ser tocados porque uma entidade invisível e misteriosa chamada força agia ente eles. Poderia dar essa ilusão nomes impressionantes, pomposos. Uma vez imaginei o que aconteceria se eu esticasse o braço e tirasse uma das carpas cientistas de dentro do tanque. Antes que eu a jogasse de novo na água, ela poderia se debater furiosamtne enquanto eu a examinasse. Pensei como isso apareceria aos olhos do resto das carpas. Para elas, seria um evento verdadeiramente desnorteante. Iriam notar em primeiro lugar que um de seus cinteistas desaparecera de seu universo. Simplesmente desaparecera sem deixar um vestígio. Onde quer que buscassem nao haveria um sinal da carpa desaparecida em seu universo. Depois, segundo mais tarde, quando eu a jogasse de volta no tanque, o cientista iria ressurgir abruptamente do nada. Para as outras carpas, pareceria que um milagre acontecera. 


Depois de se recobrar do pânico, o cientista iria contar uma história verdadeiramente assombrosa. Sem mais aquela, ele diria, fui erguido de alguma maneira para fora do universo, o tanque, e lançado num outro mundo misterioso, com luzes cegantes e objetos estranhamente bem delineados que eu nunca vira antes. O mais estranho de tudo era a criatura que me aprisionou e que não tinha a menor semelhança com um peixe. Fiquei chocado ao ver que ela não tinha nem sombra de barbatanas, mas, apesar disso, era capaz de se mover. Ocorreu-me então que as leis da natureza com as quais estava familiarizado não se aplicavam nesse mundo. Depois, de maneira igualmente repentina, vi-me lançado de vota no nosso universo. Evidentemente, esta história de uma viagem além do universo pareceria tão fantástica que a maioria das carpas a rejeitaria como pura lorota. Frequentemente penso que somos como as carpas que nadam satisfeitas naquele tanque. Vivemos nossas vidas inteiras em nosso próprio tanque, certos de que nossso universo consiste apenas naquelas coisas que podemos ver ou tocar. Como as carpas, nosso universo consiste unicamente no conhecimento e no visível. Presunçosamente, recusamonos a adimitir que, ao lado do nosso universo possam existir universos ou dimensões paralelos, simplesmente fora de nosso alcance. Se nossos cientistas inventam conceitos como os de forças, é apenas porque não são capazes de visualizar as vibrações invisíveis que enchem o espaço vazio à nossa volta.



Star Trek Beyond Official Trailer

Hyperspace Michio Kaku p.21. 

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