Anselm Kiefer Osíris und Isis
Não faz muito tempo, ao visitar o Museu de Arte Moderna de São Francisco, encontrei uma gigantesca pintura de Anselm Kiefer intitulada Osísris e Ísis. Meu plano de visitar o museu inteiro naquele dia foi por água abaixo. Não consegui sair da frente daquela tela intensa, atraente, vibrante, perturbadora, irresistível. Sentei-me confrontada com a magnitude de suas ideias, formas, violência, movimento e panoramas infinitos que se abriam ao se encontrar com aquela obra. Arrebatada, não consegui seguir adiante e ver as outras pinturas. Tive de conhecer aquilo, lidar com aquilo. Aquilo me desafiou e me transformou.
O que nos arrebata? Raramente me me vejo arrebatada por alguma coisa ou por alguém que consigo identificar imediatamente. Na verdade, sempre me senti atraída pelo desafio de conhecer o que não consigo categoirzar ou descartar de imediato, seja uma presença de ator, um quadro, uma obra musical ou um relacionamento pessoal. é o caminho para o objeto de atração que me interessa. Estabelecemos uma relação um com o outro. Desejamos relacionamentos que transformarão nossas visões. Atração é o convite a uma jornada evancescente, a uma nova maneira de experimentear a vida ou perceber a realidade.
arte cinética
Uma obra de arte autêntica traz dentro de si uma intensa energia. Exige uma resposta. Você pode evitá-la, excluí-la ou enfrentá-la e lutar. Ela contém campos energéticos atraentes e complexos e uma lógica toda própira. Não cria desejo ou movimento no receptor, mas dá origem ao que James Joyce rotulou de captura estética. Você é arrebatado. Não consegue seguir em frente e tocar a vida. Você se vê em uma relação com algo que não sonsegue ignorar facilmente.
A preparação do Diretor Anne Bogart pg. 67
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